BLEFES DE EFEITO SÂO LUCRATIVOS?

Blefes de Efeito São Lucrativos?

Para grandes jogadores, a resposta é sim. Se esses blefes não fossem lucrativos, grandes jogadores não os executariam. Eles jogam poker para ganhar dinheiro, não para se exibir. Para você, eu e a maioria das pessoas, a resposta é não. Nós não possuímos as habilidades excepcionais necessárias para executar blefes de efeito de maneira lucrativa, e alguns de nós fazemos jogadas elaboradas primordialmente para nos exibir. Essa afirmativa pode lhe ofender, mas eu trabalho com realismo.

Meu último livro, Poker Winners Are Different (Vencedores de Poker São Diferentes), afirma que vencedores são brutalmente realistas, enquanto perdedores se enganam quanto às próprias habilidades e motivações. Um excerto desse livro afirma: “O desejo de pensar bem sobre nós mesmos faz com que superestimemos praticamente todas as nossas habilidades”. Antes de analisar como essa tendência afeta os blefes, vamos examinar os fatores que determinam a lucratividade de vários blefes.

O EV é Sempre a Questão Central

Seus lucros no longo prazo são aproximadamente iguais a seu EV (valor esperado), suas chances de ganhar ou perder vezes os montantes que você pode ganhar ou perder. Muitos blefes são lucrativos — mesmo se falharem com frequência — pois você arrisca muito menos do que pode ganhar. Por exemplo, se você blefar por $10 em um pote de $40, ele é lucrativo se suas chances de ganhar forem maiores que 20%.

Com muitos blefes de efeito, você arrisca muito mais do que ganha. Você aposta de forma exagerada ou joga excessivamente com cartas fracas ou terríveis nas streets iniciais para fazer um blefe no turn ou river. Vários de meus amigos descreveram esse tipo de blefe: • Matt Lessinger, “Meu Prêmio ‘Blefe do Ano’ 2000 Vai Para…” (Poker Digest, 28 de dezembro de 2000, página 39)

• David Sklansky e Ed Miller, No Limit Hold’em: Teoria e Prática (páginas 196-197)

• Sam O’Connor, How to DOMINATE $1 and $2 No-limit Hold’em (páginas 373-375)

• Barry Tanenbaum, “Blefando em Limit Hold’em: Missão Impossível? Parte VIII — Mais Blefes no River e a Conclusão” (Card Player Magazine, 25 de março de 2009), e “Contrarrecursos” (nesta edição da Card Player Brasil)

Alguns dos blefes que eles descreveram não devem sequer ser tentados sem uma carta favorável no turn ou river. Isto é, você pode investir muito dinheiro nas streets iniciais, mas se a carta certa não aparecer, você deve desistir do blefe. Por exemplo, O “herói” de O’Connor’s preparou um blefe em no-limit hold’em pagando raise e reraise pré-flop com J-3 offsuit, e fez um check-raise no turn quando uma terceira carta de ouros surgiu.

Tanenbaum descreveu “um blefe incrível”. Um jogador de limit hold’em com J-7 offsuit pagou ou aumentou um total de 4,5 big bets pré-flop, no flop e no turn, e poderia ganhar apenas se virasse um par no river, e esse blefe fez com que o oponente dele largasse um straight.

Lessinger descreveu um blefe em pot-limit Omaha com um par de reis e um flop com todas do mesmo naipe, que ele acreditava (corretamente) que tinha dado a seu oponente uma trinca de ases. Ele não tinha como acertar um flush, e o blefe só funcionaria se não virasse um par no bordo, e se seu oponente desse fold depois de pagar apostas substanciais no flop e no turn. Ed Miller deliberadamente construiu um grande pote quando achava que estava perdendo, pois acreditava que seu oponente weak-tight desistiria em vez de pagar uma aposta forte. Ele colocou $100 em um pote de $90 com um par de dez e um flop com Q♥ 5♥ 5♠. Depois do 9♣ no turn, ele apostou $300. Seu oponente pagou, criando um pote de $890. Quando o 7♥ surgiu no river, aparentemente formando um flush, ele apostou $760. Seu oponente mostrou 5♦ 2♦ e largou. Como a probabilidade combinada de conseguir as cartas certas e blefar com sucesso é muito pequena, e você pode perder mais do que ganhar, tais jogadas são em geral extremamente não-lucrativas. Elas precisam dar certo com muita frequência.

Mas espere, você não viu muitas jogadas similares na televisão? E elas não dão certo quase sempre? É claro que você viu, mas você não está levando em conta duas coisas:

• Os produtores de TV mostram apenas as mãos mais dramáticas, e blefes de efeito são dramáticos. Blefes que falharam — em especial quando um jogador investiu uma quantia substancial de fichas para preparar um blefe que nem sequer tentou — não são mostrados.

• A maioria dos jogadores na TV são imensamente melhores em leitura e manipulação de oponentes do que nós somos, assim como meus amigos autores (muito embora outras pessoas tenham feito a maioria dos blefes que eles descreveram). Sem essas habilidades, tentar executar blefes complicados é em regra insensato.

Lessinger afirmou isso em “Exagerando no Float” (Card Player, 30 de janeiro de 2008). Ele exaltou a habilidade de Stu Ungar de dar float no flop para poder blefar no turn e river, depois afirmou: “Eu vejo jogadores demais (especialmente os mais jovens) tentando fazer, indiscriminadamente, jogadas que requerem precisão e sutileza”.

Eu Devo Evitar Completamente Blefes de Efeito?

Talvez. Certamente seria mais seguro. Contudo, se você jamais tentou, pode se tornar muito previsível. Se joga contra adversários fracos, pode ser previsível. Se enfrenta bons oponentes, a previsibilidade é uma séria fraqueza. Se você joga contra grandes jogadores, é fatal. Vamos olhar novamente a análise de Lessinger sobre float no flop. A palavra chave é “indiscriminadamente”. O poker é um jogo altamente situacional, e você não deve fazer nada de maneira indiscriminada, especialmente quando se trata de blefes de alto risco. A não ser que a hora e o local sejam exatamente certos, nem sequer pense em tentar um blefe de efeito. Você deve tentar blefes de alto risco apenas quando estiver extremamente confiante de que:

• Leu seu oponente e a situação corretamente.

• Tem imenso controle sobre seu oponente. Você sabe como ele lhe percebe e como ele vai agir. Advertência: A maioria dos jogadores superestima os dois. Eles se lembram de suas jogadas de sucesso e esquecem seus erros.

E as Recompensas e Punições Intangíveis?

Blefes de efeito podem produzir tanto recompensas intangíveis quanto punições intangíveis. Quanto maior for a frequência com que você blefar, mesmo que seja pego blefando, mais ação você vai conseguir com suas mãos vencedoras, e mais confusos seus oponentes vão ficar. E um blefe assim é um grande “estímulo” que pode aumentar sua autoconfiança, agressividade e determinação.

Contudo, se você falhar, pode se sentir estúpido e se martirizar por ter perdido dinheiro. Também pode se tornar muito passivo e não aproveitar oportunidades de blefe subsequentes com EV alto. E cada blefe fracassado aumenta a probabilidade de seus blefes futuros serem pagos.

Advertência: Você pode não conseguir analisar com precisão essas recompensas e punições intangíveis. Se você adora blefar, pode argumentar que suas perdas são “despesas de propaganda”. Se odiar blefar, pode superenfatizar os custos de blefes fracassados. Subestimar e superestimar esses efeitos intangíveis são grandes erros.

Tais erros nos trazem de volta o EV e a lucratividade, que devem sempre ser sua preocupação central. Conforme afirmei em “Vencedores Induzem ao Erro de Forma Criteriosa”, “Esqueça sua culpa por induzir ao erro, seu medo de parecer tolo e a adrenalina que advém de fazer jogadas de efeito. Faça o que for preciso para aumentar seus lucros no longo prazo”. ♠

MÃOS QUE VC QUER JOGAR.....MAS NÃO DEVERIA

Por Phil Gordon

Até mesmo os melhores dos jogadores de poker do mundo cometem erros, e quando esses erros não são corrigidos, ele podem se transformar em leaks* que podem facilmente afundar o seu jogo. Há dois tipos de leaks em particular que vejo acontecer a todo momento, no que se refere a mãos iniciais que as pessoas costumam jogar, mas seria melhor largar.

O primeiro desses leaks envolve jogar mãos que são facilmente dominadas. E como estar dominado no Texas Holdem é a morte, você deve sempre se esforçar para largar mãos potencialmente dominadas pré-flop, caso algum jogador tenha entrado voluntariamente no pote. Essa ideia reforça o conceito de "gap" de David Sklansky, que essencialmente diz que a gama de mãos com as quais você irá dar raise deve ser maior do que aquelas com as quais você irá dar call.

Por exemplo, se a mesa roda em fold até mim e eu tenho K-Q off-suit, no botão, eu irei dar raise. Há boas chances de ser a melhor mão e me dá a chance de roubar os blinds. Entretanto, se um jogador em middle position dá raise antes do flop, eu irei largar meu K-Q rapidamente, já que essa mão estaria facilmente dominada pelas mãos com as quais alguém costuma aumentar, como A-K, A-Q, K-K ou Q-Q, por exemplo. Essas são mãos que o K-Q teria muita dificuldade em superar, e se nos dois acertamos um par no flop, eu correria um grande risco de perder todos meu stack.

Para ilustrar melhor esse ponto, eis uma explicação matemática do porquê uma mão teoricamente forte, se dominada, é pior do que jogar mão marginais. Digamos que meu oponente aumente, no UTG, com A-K e todos dão fold até mim, que estou no botão com 7-2 off-suit, a pior mão do poker. Se eu der call aqui, sou azarão com 35% de chances.

Agora digamos que tenha A-Q no botão, encarando a mesma situação. Nesse caso minha mão teria apenas 25% de chances de vencer, probabilidade significativamente pior do que se tivesse 7-2.

Não é fácil largar A-Q após um único raise pré-flop, mas se o raise veio de early position você tem razões para acreditar que seu oponente tem uma mão premium. A-Q poderia facilmente estar dominada.

O outro leak envolvendo mãos iniciais que eu vejo costantemente acontecer é a supervalorização de cartas suited. Vejo jogadores com A-5 ou 8-7 suited jogarem essas mãos pois acreditam que vão acertar o flush no flop. Quando você tem cartas do mesmo naipe nas mãos você só acerta o flush no flop uma a cada 121 vezes. Isso significa 0,84% das vezes. Ou seja, não acontece muito. E mesmo quando isso acontece, a chance de você levar um pote grande é pequena. Na verdade, se você pegar uma mão como A-5 suited e comparar com A-5 off-suit, contra a gama de mãos que seus oponentes podem estar jogando, ela somente irá acrescentar 2 ou 3% nas chances de você levar o pote.

Portanto não seja enganado por suas mãos suited. A hierarquia de cartas é mais importante do que o fato delas serem naipadas ou não.

Quando estiver tomando suas decisões pré-flop, se conseguir resistir ao ímpeto de jogar mãos que são facilmente dominadas e resistir a tentação de jogar cartas medíocres, apenas porque são do mesmo naipe, tenho certeza que estará jogando um poker mais lucrativo no longo prazo.

A VARIÂNCIA

Todo jogador que se dedica a torneios de poker, e o faz de maneira séria, conhece muito bem um fator a ser considerado e que pode fazer muita diferença em seu jogo: a variância. Este elemento é muito simples de se entender e se mostra muito presente em torneios, sendo que, quanto maior for o número de jogadores, maior será a variância sendo o oposto também verdadeiro, ou seja, quanto menor o "field" menos presente, ou, melhor dizendo, muito menos impactante, será tal fator.

O objetivo deste artigo é analisar o impacto da variância nos ganhos e perdas do jogador e também no aspecto psicológico que pode ser decisivo quando se tem mais este adversário a ser batido.

Para deixar claro, vamos admitir que o conceito de variância está diretamente relacionado à sua expectativa de lucro ou prejuízo em certo lapso de tempo e num determinado número de torneios jogados.

Assim, é possível que a variância seja positiva quando o jogador ganha mais do que esperado e também seja negativa quando as perdas superam o limite normal de acordo com o nível considerado aceitável para cada um.

Note-se que este fator não escolhe qualidades de jogadores para atingir, ou seja, é um elemento extremamente "democrático" que afeta tanto os melhores quando os piores. Deste modo, a variância está presente tanto na vida de jogadores extremamente ganhadores e de altíssimo nível técnico quanto na daqueles que são grandes perdedores e possuem nível técnico baixíssimo, se é que têm algum.

Obviamente a variância vai fazer muito mais estragos no curto prazo, por mais que se jogue uma quantidade enorme de torneios, quando costuma-se a pensar que a tal "bad run" ou "maré de azar" parece não ter fim.

É importante esclarecer que o fator sorte, ainda que não seja preponderante, está presente no poker, negar este elemento é o mesmo que negar a própria variância e não se mostra muito distante de se admitir que a habilidade, o estudo e a dedicação (com o fim de se atingir o melhor nível e tomar decisões corretas nas mesas) não fazem a menor diferença.A maneira como cada tipo de jogador encara a variância é fator determinante para o seu sucesso ou fracasso no poker, considerando-se o já famoso "longo prazo"(quando as decisões mais corretas e lucrativas, tomadas consistentemente, devem trazer o tão esperado lucro).

Os perdedores, na maioria das vezes, tendem a variar sempre no montante do prejuízo sendo que, se o normal e esperado for perder X num mês, quando encara a variância negativa pode chegar a perder 2X, 3X ou mais. Por outro lado, quando passa por um período em que "tudo dá certo" ou de variância positiva, pode ficar empatado e até mesmo alcançar um pequeno lucro. Isso em regra, porque nada impede que, num curtíssimo prazo, o péssimo jogador obtenha grande conquista e alcance em apenas um torneio um prêmio que instantaneamente transforme um saldo historicamente negativo em enorme lucro.

Não devemos nos enganar, isso é algo tão fácil quanto se ganhar na loteria pois tal jogador muitas vezes nem sabe como alcançou tal resultado(teoricamente falando) mas tem a certeza de que naquele evento tudo, ou quase tudo, deu certo.

Já ouvi muitos jogadores ruins dizendo: "Meus últimos 15 coinflips eu perdi é claro que o próximo eu vou ganhar porque é impossível que perca ainda mais", ou "Joguei 30 torneios neste último mês e não fiquei ITM em nenhum, mês que vem é claro que vou melhor, essa "bad run" deve acabar!".

É claro que tais afirmações não trazem consigo qualquer embasamento matemático ou estatístico e se aproximam muito de "crendices" e outras formas de auto-engano vez que os eventos postos em comparação são absolutamente independentes! Assim sendo, cada coinflip lhe dá 50% de chance de ganhar e não é porque se perdeu o último que o próximo será seu. Toda e qualquer situação dessa espécie é um evento único no qual sua possibilidade de sucesso é de 50%.

É claro que numa quantidade estatisticamente relevante de eventos, a tendência é que se ganhe metade e se perca a outra metade mas, convenhamos, 30, 50 ou até 100 eventos seriam o bastante para garantir uma boa amostragem?

Tais jogadores deixam se levar pelo curto prazo e, dada sua deficiência técnica e, o que é pior, sua pouca percepção a respeito dos elementos do poker, passam a jogar pior, abalados psicologicamente e culpam o "azar", o site em que jogam(no caso do poker online" e até mesmo sua conta em tal site(sim, existe uma "teoria" que atribui a qualidade de ganhadora ou perdedora a determinada conta), sendo claro que as piores contas "coincidentemente" pertencem aos piores jogadores.

Os grandes profissionais, diferentemente dos jogadores mais fracos, não se abalam com a variância. Sabem que tal elemento existe e que para anulá-lo devem seguir jogando o seu melhor poker e que, com determinado volume de jogos, o seu lucro esperado deve voltar ao normal e, mais que isso, deve passar por várias fases de variância positiva ou "good runs" que por si só anularão aquelas em que nada parecia dar certo.

O assunto é extremamente complexo e impossível de se explorar totalmente em apenas um artigo mas um dos maiores ensinamentos a respeito desse elemento é: a variância é sua amiga, pois, mais do que um adversário a ser batido, é um reflexo do seu próprio jogo, do seu próprio nível técnico e, psicologicamente falando, de você mesmo!

A lição que fica é que os mais preparados e conscientes de suas virtudes e limitações deverão encarar a variância negativa como um elemento comum do poker e que pode ser fonte de enorme reflexão a respeito dos outros fatores envolvidos no jogo e até mesmo trazer a motivação necessária para alavancar o seu nível técnico de modo que os períodos ruins representem apenas uma pequena porção do seu histórico.

Antes de se buscar a anulação da variância é importante aceitá-la e perceber que por mais que o seu nível seja altíssimo você passará por períodos difíceis e, nessa hora é que sua habilidade, seu controle emocional e, principalmente, sua administração de bankroll deverão aparecer para que se possa reverter o quadro e seguir em frente.

Jogar Intuitivamente, Sempre a Melhor OPÇÃO!!!!

Sei que dentro do meio dos profissionais e semi profissionais do poker mundial existe uma grande parcela de pessoas que são absolutamente fissuradas pela matemática do jogo.

Sei também que, muito provavelmente, este artigo vai desagradar a alguns deles. Não que critique a forma com que jogam ou aforma com que têm os seus ganhos mensais, mas resolvi, apenas, escrever um artigo sobre esta longa discussão, do lado científico e matemático do jogo contra o lado da informação, aquele maissubjetivo do jogo.

Em uma recente viagem para Las Vegas, eu e o Alê Gomes tivemos a companhiade um grande amigo do Alê e agora grande amigo meu também, o Andrei. Durante a viagem tivemos diversas discussões que colocavam em cheque algumas atitudes que jogadores de MTT tomamem seus jogos, nem sempre apoiadas na matemática, e falamos de decisões que, na maioria dos casos, os jogadores de cash game online tomam amparados pelos fundamentos matemáticos do jogo.Analisando várias dessas discussões, eu pude tirar algumas conclusões pessoais que, tenho certeza, podem ajudar vários jogadores brasileiros a obter sucesso nos torneios multi-table.

Vamos a algumas delas:

1º O sucesso em um torneio deve-se ao conjunto de atitudes relacionadas ao momento do mesmo, como informações da mesa, estilo dos oponentes e muitas outras variáveis que levam você cada vez mais adiante ou definem a sua morte naquela competição. Decisões matemáticas em uma mão, vistas somentepelo prisma matemático e desconsiderando todas as outras variáveis, podem simplesmente fazer com que você nunca tenha sucesso em multi-tables e são decisões traiçoeiras, justamente porque háuma grande chance de você nunca perceber isso e achar que para ir bem em multi-tables é necessário ter sorte, para o resto da vida.

Em várias situações de multi-tables abandonei mãos em que tinha pot odds, implied odds, e todos os odds do mundo a mais para pagar uma mão, pelo simples motivo que o stack que me restava, ao evitar continuar em determinada mão, me dava total tranqüilidade para continuar controlando a mesa pote depois de pote, sem ter que colocar o meu torneio em uma situação de risco. Para muitos dosmatemáticos do poker, largar essas mãos seria um assassinato. Mas, sem entender como o conceito inteiro de um MTT funciona, eles nunca irão entender que, naquele caso, o que menos importava era ocálculo de se, a longo prazo, aquela decisão era ou não lucrativa.

2º O conceito puramente matemático é muitas vezes defendido por pessoas que decoraram situações e pensamentos matemáticos de alguns jogadores, mas é um discurso que quase sempre faz comque esse pensador seja um ditador. É muito mais fácil você ser proprietário da razão com discursos técnicos do que com discursos mais subjetivos e filosóficos do jogo. Esses pensadores carregam consigouma gama de jogadores que irão seguir as mesmas diretrizes racionais, e, provavelmente, no universo dos multi-tables, levarão seus seguidores também ao fracasso. Ou seja, se vai adotar alguém ou algumconceito para amparar seu jogo, para ser o mentor da sua carreira, use jogadores ou conceitos lucrativos. Escolha os vencedores, aqueles que você pode ver, na prática e comprovadamente, que são ganhadoresnaquele modelo de jogo que você quer se dedicar. No caso mais específico, os torneios multi-table.Fazer as contas na hora do jogo também pode prejudicar seu torneio

Não adianta você seguir o discurso de um ótimo jogador de cash game ou um mestre nos sit-and-go, e sairaplicando as dicas dele em torneios multitable. O poker possui diversas modalidades de jogos, com estruturas e limites diferenciados, e masterizar alguns deles não é garantia de sucesso em todos os outros.Eu mesmo migrei de sit-and-go para multi-table, e depois fui testar o cash game. Sempre precisei adaptar bastante até incorporar conceitos diferentes para cada tipo de jogo. A cada mudança e aprendizadoeu procurava dicas dos vencedores em cada modalidade e tentava aprender o máximo do que tinham para me dizer, sempre também tentando pensar à minha maneira e adaptando ou incorporandoas técnicas que eu já possuía dos outros formatos.

3º Um torneio de poker independe de qualquer discussão técnica. O fato é que é uma questão de sobrevivência. Quem sobreviver até o final, vence. Tente enxergar caminhos e meios, no contextogeral, para você sobreviver, mão após mão. Na teoria, quanto maior for o seu stack, maiores as suas chances, mas stacks pequenos ainda são sobreviventes que precisam de um caminho rápido parase tornar grandes. O segredo é achar o caminho entre os diversos que, mão após mão, se colocam à sua frente, para crescer o seu stack.

Pense em grandes jogadores de torneios online – a turma dos vencedores, mesmo! Nomes como AJK Hoosier, WestmenloAA, Annette_15, e por aí vai. Dificilmente você vê um deles cair dos torneios na primeira, segunda ou terceira hora. Por que você acha que isso acontece? Porque eles não pegamum KK x AA, JJ x QQ, AQ x AK? Ou por que eles pegam essas mãos mas sempre batem as cartas para eles?

É claro que eles passam por essas situações, mas diferentemente do que ocorre com a maioria dos jogadores, não deixam nada, mas nada mesmo, derrubá-los no começo de um torneio. Você acha que esses caras não vêem uma situação matemática favorável, no começo de um torneio, para colocar todas as suas fichas no pano? Sim, eles vêem, mas muitas vezes decidem que, para o torneio deles, aquela matemática que parece favorável, no final das contas, é desfavorável, tamanha é a vantagem deles sobre os outros, a longo prazo, com as suas estratégias de torneios vencedoras.Se eles apenas seguirem a matemática, estarão se igualando a quase todos os outros jogadores que conhecem as probabilidades e leram todos os livros de poker do mercado.

4- Aprenda a olhar o seu KK, QQ e AA, principalmente no começo e meio de um torneio, como apenasmais duas cartas que caíram na sua mão. Esteja pronto para largar, pagar e aumentar, como faz com qualquer outra mão. Não os veja como a salvação de todos os seus problemas, como se, ao ganhar aquela mão, você se tornasse o grande-ultra-mega-buster-ninja campeão daquele torneio. Essa dica parece ridícula, mas tenho certeza de que irá ajudar a muitos. Pense bem, quando você vê um par desses abrindoem sua tela, muitas vezes você já fica inquieto e coloca naquelas cartas a responsabilidade de alterar a sua vida no torneio. Lembre-se de que elas não são imbatíveis!

5- É obvio que chega uma hora em que você precisa ir para o lado matemático, ir para o tudo ou nada e confiar que, a longo prazo, aquele movimento é lucrativo. Mas a grande questão é que você não deve apoiar todas as suas decisões nesse conceito. Cair do torneio, você vai, eu vou, todos vão. Mas lute com todas as suas armas antes de isso acontecer. Não perca oportunidades, é claro, mas saiba detectar o que realmente é uma oportunidade real e o que é apenas uma probabilidade matemática isolada, separada de todo o contexto e a história de um longo torneio.

Espero que este artigo seja encarado apenas como mais um conjunto de dicas, de como conseguir sucesso nos multitables, principalmente online, onde jogamos tantos deles todos os dias. Tenho certeza de que muitas pessoas pensam o contrário do que eu disse. A essas pessoas eu desejo todo o sucesso do mundo, e exalto que, no poker, não existem verdadesabsolutas. Nem as minhas nem as suas. Esta é apenas a minha verdade, e aqui tento passar os meus conceitos àqueles que se identificam com o meu estilo.

André Akkari

Membro do Team PokerStars e um dos maiores

jogadores

de Texas Hold'em do País.

Seus resultados online

e ao vivo crescem a cada dia.

Disciplina no Poker- A Habilidade Mais Básica de Todas

Em uma escrita de narração de histórias, às vezes os escritores desenvolvem o bloco do escritor – eles não podem figurar o que fazer em seguida. Os escritores experientes ainda que constatam que o problema não é “lá” onde eles são obstruídos, mas algum ponto mais cedo em sua história.

Dirigindo na auto-estrada de Los Angeles, você às vezes entra em um congestionamento de trânsito. Entretanto, seu problema como um condutor não é quase sempre o congestionamento próprio, mas um caule das “raízes” do pobre plano de rotas, monitoração pobre dos canais do tráfego de rádio, e assim por diante.

O Pôquer é muito similar.Force você mesmo um dia a escutar algumas histórias de aposta ruins. Quase todas as histórias de apostas ruins envolvem um jogador fazendo um erro -- freqüentemente está verificando o fracasso com o alvo a verificar a subida. Enquanto o ponto do contador de história é a "má aposta", o que eles realmente devem estar focando é na raiz da aposta, o risco ou uma jogada incorreta cedo na mão.Escute quando alguém discute uma falha no jogo dele ou dela. Se você analisar a falha objetivamente, o problema da pessoa é quase sempre o não aparente, a falha superfical. O problema verdadeiro existe uma ou dois ou dez etapas mais cedo no jogo total do jogador.

Os jogadores vitoriosos devem constantemente avaliar seu jogo -- o que fazem bem, o que fazem meramente adequadamente, o que ele faz abaixo da média, e maneiras possíveis de melhorar em todos os três. Uma coisa grande coisa sobre o pôquer é que há muitas variáveis, muitas habilidades e táticas que nós podemos consertar para conseguir um melhor resultado. Mas todo estes troncos vem de uma raiz grande.Algumas pessoas chamaram de seleção do jogo, ou a seleção da tabela, o mais importante de todas as habilidades do pôquer.

Encontrar o jogo mais condizente à suas habilidades, jogá-lo, e batê-lo. A aprovação, que é importante, mas mesmo que trivial comparado à raiz chave do pôquer vitorioso.A habilidade mais importante que um jogador necessita controlar não é matemática, não é lendo oponentes, não é bem começar com a seleção da mão, não é um plano de jogo sólido, é… auto-controle!

Não faz para você nenhuma boa praga em tudo se você souber que você não deve jogar acima de seu crédito bancário, se você então faz; não é bom saber que você não deve inclinar, se você então faz; não é bom saber que você não deve jogar 72o em Holdem, se você faz de qualquer maneira; não é bom saber que seu jogo se deteriora ao ponto que você é um jogador perdedor após nove horas consecutivas, se você continuar a jogar após este tempo; e se e e se e se...

O Pôquer não é apenas um jogo de momento. Quando você trata com oponentes regulares, você deve ajustar o princípio fundamental para jogos estratégicos de muitos minutos, horas e mesmo meses antes que você puxe o gatilho neles. Do mesmo modo, cada ação que você está fazendo agora deve ser o resultado de uma fundação sólida de ações prévias. Cada degrau ao longo de uma escada que lhe conduza a uma ação deve ser feita com auto-controle e uma atitude apropriada. Jogar um jogo ou jogos que você é bom, ter uma estratégia básica bem considerada, ter como objetivo que você quer ser um jogador vitorioso, encontrar um limite de que você é adequadamente para um crédito bancário, jogar as mãos com uma expectativa positiva, manter seu bumbum no assento somente enquanto você joga perto do ideal, selecionar jogos individuais que servem para você, não deixar que os resultados ruins de um dia permitam que suas emoções ponham-no balançado, e assim por diante.

Com estes no jogo,cada ação individual que você faz então será enraizada em uma fundação contínua, e sensível.Cada pedaço da estragégia de ganhar e a brilhante filosofia deve ser aplicada ou se torna sem valor.

Nenhum outro conhecimento importa se você não praticar a disciplina pessoal e usar tudo qeu você sabe.Se você quiser ser bem sucedido, um jogador razoavelmente feliz, trabalhe em seu auto-controle primeiramente -- e eu digo trabalhar nele em primeiro lugar todos os dias. Nada se compara

O QUE NÃO FAZER COM UM SHORT STACK

Por: Erick Lindgren

Não há apenas uma coisa certa a fazer quando se está extremamente short stack* em um torneio de poker. Você normalmente se encontra muitas vezes com decisões complicadas pela frente, como quando recebe A-9 off-suit em early position ou então quando tem um par baixo quando algum jogador já deu raise antes de você. Em situações como estas nunca é certo saber qualquer a melhor jogada a fazer, mover all-in e cruzar os dedos ou então dar fold e esperar uma situação melhor.

Existem, entretanto, algumas decisões que são sempre muito erradas quando se está short stack, e eu vi uma delas acontecer em um torneio que joguei no Full Tilt Poker há pouco tempo atrás.

Nós estávamos na mesa final do torneio, restando apenas seis jogadores. Os blinds estavam em 50K/100K (ante 10K) e eu era o chip leader com mais de 8.000.000 em fichas. O stack médio era de 3.000.000 e o jogador a minha direita tinha, de longe, o menor stack de todos, com 811.000.

Quando você tem apenas oito big blinds, que neste caso não era suficiente nem para quatro órbitas na mesa, a lógica é simples: você somente deve entrar voluntariamente no pote com cartas que se sinta seguro para ir all-in pré-flop.

Entretanto, naquela ocasião, o short stack entrou no pote com um raise de 250.000 fichas, sendo o primeiro a apostar. Essa atitude sugeriu que ele estava, digamos assim, aprontando alguma. Ele tanto poderia ter uma mão monstro como apenas tentando representar uma mão monstro. Muitos jogadores fazem esse tipo de jogada com mãos como J-T suited, esperando que os outros jogadores dêem apenas call, para poderem ver o flop. Mas essa é uma jogada que não aprovo. Quando você tem apenas oito Big Blinds, deve ir all-in ou fold.

De qualquer maneira, eu tinha saído com AQ off-suit, uma mão forte, e então fui all-in, torcendo para que alguém depois de mim não tivesse uma mão ainda melhor, pois queria isolar e eliminar o short stack.

E foi então que meu oponente fez uma jogada ainda pior que o seu raise de UTG: ele foldou sua mão depois de meu re-raise.

Haviam 1.270.000 fichas no pote e teria lhe custado apenas 561.000 para dar call. Dar fold era simplesmente a jogada errada. Ele deveria ter dado call com quaisquer duas cartas. Ele já havia comprometido muito seu stack para largar sua mão. Se ele tivesse algo como um suited connector médio, ele estaria apenas um pouco atrás (60%-40%). Se ele tivesse um Ás e uma carta baixa, tecnicamente ele não teria odds para pagar, mas ele teria que ter certeza absoluta que estava dominado para seu fold ser correto.

Também é importante saber que eu era o big stack e estava muito ativo. Ele não tinha como me colocar, obrigatoriamente, com uma mão premium.

Ao dar fold, meu adversário se deixou com apenas 561.000 fichas, menos de seis big blinds, e o big blind iria chegar nele na mão seguinte. Ele seria forçado a entrar no pote, mas estaria fazendo isso por muito menos fichas do que na mão anterior. Ao invés de tentar sua sorte contra mim por um pote de mais de 1.800.000 milhões, sua tentativa de dobrar na mão seguinte aumentaria seu stack para 1.200.000 fichas.

A lição é simples: quando você está extremamente short stack, dar raise e depois dar fold não deve ser uma opção. Ou uma mão é boa o suficiente para apostar todas as suas fichas, ou você deve jogar fora suas cartas. A pior coisa que você pode fazer é tentar algo entre esses dois extremos.

Tradução: Alexandre Ferreira (*) Para saber mais sobre o significado dessa e outras expressões em inglês, usadas costumeiramente no poker, veja nosso glossário.

PARTYGAMING ESTUDA FUSÃO COM OUTRAS EMPRESAS

Em tempos de crise é comum dizer que só os mais fortes sobrevivem e as empresas de jogo online não fogem a regra, sempre em busca dos melhores negócios. A PartyGaming, empresa detentora do PartyPoker em uma outra época o maior site de poker online do Mundo, confirma estar estudando possíveis fusões com outras empresas do setor.

O que antes era apenas especulação foi agora confirmado pela própria empresa através de uma declaração à imprensa: "Face à especulação que a imprensa tem criado, a Administração da PartyGaming PLC confirma que tem mantido várias reuniões com diversas empresas do setor do jogo, com o intuito de avaliar possíveis oportunidades de consolidação. Uma vez que todas estas conversações estão ainda numa fase preliminar, não podemos afirmar se irão nos levar a qualquer tipo de acordo com qualquer uma das empresas."

O rumor que vai ganhando maior consistência é o da Fusão com o gigante das apostas, com sede na Aústria - Bwin. De acordo com o jornal inglês The Guardian o presidente da Administração da Bwin Hannes Androsch disse o seguinte a uma revista austríaca "As conversações estão acontecendo, mas ainda não sabemos se vão ser bem sucedidas ou não."

GUS HANSEN PERDE A PACIÊNCIA

2009 como já se sabe, não foi um ano nada bom para o dinamarquês Gus Hansen no que a resultados no poker online diz respeito, uma vez que perdeu quase $5,6 Milhões. Já 2010 esta começando bem com $1,2 Milhões ganhos em menos de 20 dias.

Até aqui tudo bem, não fosse o registo de uma provocação do também europeu Ilari Ziigmund Sahamies no chat das mesas de high stakes da Full Tilt Poker que levaram Hansen a explodir. Uma sessão entre The Great Dane e Ziigmund onde um aproveitou o chat para tentar (o que nitidamente conseguiu) irritar o adversário.

Como já disse anteriormente a sessão não estava a correr muito bem a Hansen, que recorreu ao chavão que qualquer jogador menos experiente utiliza, a sorte dos outros:

"Gus Hansen: wauw

Gus Hansen: ohh there it was

Ziigmund: gus is verrry good POKKKERPLR

Ziigmund: gus has been lucky last 13 months

Ziigmund: losing only like 5 megas

Gus Hansen: actually not very smart of me -

Ziigmund has been the luckiest on Full Tilt for 3 years - Cole South the luckiest in 2009 and

Eazy Peazy is just lucky and good

EazyPeazy: hey at least i got my goddness when my luck runs out

Ziigmund: Gus ….its smart beacuse you are the best POKKKERPLRRLYER

EazyPeazy: ziggy and cole are in lots opf trouble

Ziigmund: gus has lost in fulltilt like 20megas in 4 years but still run 10mega more than EV

Ziigmund: its sicko

EazyPeazy: get in the ring with him ziggy

Gus Hansen: did you do the math yourself mr. I am the best drunk player in the world

Ziigmund: nope plyeyyyere

Ziigmund: gus

Ziigmund: how much you are losing for poker in your career?

Gus Hansen: Actually Ziigmund maybe you can do me a favor - dont ask me for money online - and dont speak to me again

Ziigmund: wau

Gus Hansen: thx in advance

EazyPeazy: we all love each other

Gus Hansen: wauw he did shut up - what a relief

Ziigmund: just only cause you are so f good pokkerplyeeer

EazyPeazy: we should have the ziggy gus challenge play poker till one goes broke

Ziigmund: gus is already

Ziigmund: so we dont get challenge

Ziigmund: and if we play like 50 100 blinds gus doesnt have chance

Ziigmund: so no sense

Ziigmund: good luck gus

Ziigmund: u know im joking

Ziigmund: still love you"

Esperemos que tudo fique bem no Reino da Dinamarca e que Ilari e Hansen possam fazer as pazes após este ligeiro arrufo. Já que as mesas da Full Tilt Poker são de facto mais emocionantes com estes dois em jogo

"BRUNOLENKO" LEVA TORNEIO NO POKER STARS

Ontem dia 17/01 eu estava tentando jogar no Full tilt e No PS. Pra variar entrei numa bad run terrível e so passei raiva tomando bad beats. Mas não era bad beats comuns não, eram aquelas que ninguem acredita , exemplo: AK x AK e batendo 4 cartas de paus e o vilão fazendo flush e me eliminando. Ate ai tudo bem, pq isso virou rotina e nem me assusta tanto quanto assustava antigamente. ESTOU CALEJADO!!!

Reclamando dessa situação para meu amigo e sócio no projeto da Liga Dependentes do Poker , Bruno Castro "Brunolenko", ele pede a mim para acompanhá-lo num MTTs que ele tinha acabado de engatar.

Apesar de cansado e enjoado de poker naquele dia, lá fui eu acompanhar o Bruno. O site era o Poker Stars e o torneio era o $ 2.000 garantido com buy in de $2,20 e field de 1.000 e poucos jogadores e mesa de 6 máximo e double stack. Comecei a acompanhá-lo e conversando pelo skype sobre o jogo dele, percebi que ele se encontrava solto para jogar, e que por enquanto tudo ia dando certo. O Bruno é enssenciamente um jogar de cash games e sit&go, portanto sem muita paciencia para jogar um torneio MTTs de longa duração. Sendo assim , fiquei ali para dar força e apoia-lo no que fosse preciso, mas as coisa iam bem, e ele estava jogando muito .

Passou o primeiro, segundo, terceiro , lá ja pelo quinto intervalo ele ja se encontrava na 4 (quarto) lugar em fichas, portanto ja tinha acmulado um stack de fichas razoável que o colocava sossegado no ITM. Mas percebi que ele estava com jogo e sorte para ir mais alem e entrar na mesa final. O jogo foi rolando e na mesa semi- final veio a tradicional casca de banana que sempre tem, e o Brunolenko tomou uma fatiada de quase 1/3 do seu stack. Tentei fazer com ele mantivesse a calma e mostrei a ele que nao tinha nada perdido, duas maos seguintes veio a sorte que todo bom jogador precisa. Caiu na mão do cara um AA , e o vilão veio dando raise alto, o Bruno volta all in e o vilão insta call. O vilão mostra KK, não veio nada pra ambos e ele dobra, voltando ao jogo com um stack razoavel.

Dai pra frente ele eliminou mais 2 jogadores e entrou na mesa final como chip leader do torneio. De novo, outra fatiada e o desespero. Conversamos e ele manteve a calma e conseguiu nova virada ate chegar o HU. No Hu ele e um portugues ate muito boa praça fizeram acordo de dividir 50 a 50 % , e deixando $50 dollares para disputar entre os dois quem levaria a primeira posiçao. Como é normal , depois de muita luta e cansaço pelo tempo que estava jogando , acabou desconcentrando e deixando o portugues crescer e levar os $50 dollares do acordo.Naquela altura do campeonato isso não importava mais, porque a grana ja estava no seu bank ($647 dollares), e a gloria e superação de achar que não conseguiria vencer mesmo sendo um excelente jogador.

Bruno parabéns pela vitória, e que essa seja apenas umas das varias vitorias que viram nesse jogo dificilimo de brilhar.

Um abraço,

Pierre

PS: J10 não é jogo tá!!!!!!!

Estrutura do I Torneio DEPENDENTES DO POKER - 23/1

O Torneio se realizará na RUA UBÁ, 351 - Floresta, em frente ao clube Florestinha, e começará à 13:30hs, com last registration até às 14:30 hs.

Os telefones de contato dos organizadores são:Bruno - 8735-7163Pierre - 9772-2060

No local terá um bar que servirá:

Refrigerantes

Cerveja

Salgados em geral

As mesas serão compostas por no máximo 10 jogadores, à excessão da mesa final que contará com 9 jogadores.

O torneio terá a estrutura 1R1A, com um buyin de R$ 25 para 1500 fichas, com apenas 1 rebuy de R$ 25 para mais 1500 fichas (Aceito até o 4º nivel de blind, ou seja 1h20m) e 1 Addon de R$ 25, com 3000 fichas (que será distribuído após o término do rebuy, durante um intervalo de 15 minutos).

A estrutura dos blinds será a seguinte, subindo à cada 20 minutos, com intervalos de 5 minutos, de 3 em 3 níveis:

10/20

15/30

20/40

25/50Intervalo para distribuição de Addon - 15 min

30/60

40/80

50/100Intervalo - 5 minutos

75/150

100/200

150/300Intervalo - 5 minutos

200/400

250/500

300/600Intervalo - 5 minutos

400/800

500/1000

600/1200Intervalo - 5 minutos

800/1600

1000/2000

1500/3000Intervalo - 5 minutos

2000/4000

2500/5000 .....

Esperamos a presença de todos, e corram porque estão acabando as vagas que são só 60 vagas. Para mais informações e inscrições:http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=97334801

Um abraço, Pierre

Vanessa Rousso vence o Ladies Event do Pokerstars Caribbean Adventure 2010

norte-americana integrante do Team PokerStars Pro, Vanessa "LadyMaverick" Rousso, venceu o Ladies Event de $1,000 do PokerStars Caribbean Adventure de 2010. O evento contou com 91 participantes, e além de Vanessa destaque para as presenças de Annette Obrestad (jogadora patrocinada pela Betfair), Sandra Naujoks (Team PokerStars Pro), Katja Thater (Team PokerStars Pro) e Liv Boeree.

Com esta vitória Vanessa garante um belo início de ano, onde tentará com certeza superar os mais de $1,350,000 conquistados durante o ano de 2009, o que faz dela uma das jogadoras com mais ganhos na história do Poker Mundial.

Das 91 participantes, 16 tiveram direito a prêmio, sendo esta a classificação da Mesa Final:

1-Vanessa Rousso - $24,725

2-Halli Pinson - $13,815

3-Ann Johnson - $9,335

4-Shirley Rosario - $6,620

5-Jamie Kerstetter - $5,740

6-Pastora Sorenson - $4,635

7-Lisa Adams - $3,750

8-Vanessa Caldeira - $2,870

9-Irene Baroni - $2,425

Projeto de Gus Hansem para 2010

O Caribe ja é passado para a maior parte dos jogadores que se foram as Bahamas para disputar o PokerStars Caribbean Adventure. tendo este episódio passado não é de estranhar que a ação nas mesas de high stakes online comecem a esquentar, e se falamos de high stakes temos de falar do Full Tilt Poker.

Em 2010 a ação tem estado centrada nas mesas de $200/$400 Pot Limit Omaha e 7-Game. Um dos grandes impulsionadores de tudo isso é Gus The Great Dane Hansen, que após ter tirado as últimas semanas de 2009 para estudar o seu jogo, que teve resultados catatróficos em 2009, aparece agora com espírito renovado e resultados bem melhores.

A última sessão colocou frente a frente dois dos mais conhecidos jogadores europeus, Hansen e Patrik Antonius, sendo que no final aconteceu o inverso de 2009. Antonius o jogador que mais ganhou em 2009, saiu perdendo meio Milhão de Dólares para Hansen, o maior perdedor de 2009.

Após esta sessão Hansen é agora o jogador com mais ganhos em 2010, ultrapassando Di Uridanger Dang, jogador que ocupava o lugar mais alto desde as primeiras horas de 2010. Hansen tem um lucro superior a $900,000 nestes primeiros dias do Novo Ano.

Luta pelo Profissionalismo

Um verdadeira luta tenho travado no meu estado para valorizar e fazer com que esta modalidade seja bem praticada por todos.

A cada dia me deparo com acontecimentos novos, dentro e fora do feltro. Concordo que falta muita coisa por parte de organizadores e incentivadores do jogo, do hold’em live, é lógico, mas o maior responsável por dar os grandes passos são os jogadores!

Onde já se viu entrar em uma competição esportiva e não saber as principais regras, o regulamento do jogo, seu cerimonial e o que não fazer em um campeonato de hold’em!

Em 2010 espero que cada organizador, cada diretor, repasse e ensine para seus jogadores as devidas regras para uma condução limpa numa mesa de holdem. O holdem deve ser limpo, sem anarquias de jogadores habituados a jogar truco, é um jogo de cavalheiros! Quem não entende isso deve ser monitorado, o “fair play” deve ser praticado em todas as situações, eu falo isso até quando estamos envolvidos contra um amigo e possuímos o melhor jogo, devemos apostar para extrair o máximo de fichas do adversário, mesmo sendo seu pai ou seu irmão, isso é respeito ao jogo, isso é dignidade na vitória, pois o perdedor também é digno de sua derrota, verdadeira e sem trapaças.

O que eu quero dizer com este post?

JOGADOR, PRESTE ATENÇÃO: JOGUE COM O REGULAMENTO DEBAIXO DO BRAÇO, HONRA E RESPEITO NO HOLDEM SÃO PARA O RESTO DA VIDA! FAÇA SUA PARTE E CONHEÇA O REGULAMENTO PRATICADO NO BRASIL.

O regulamento adotado pelo MH é o da ADTP (Associação Brasileira de Diretores de Poker), o mesmo praticado no BSOP. Para quem se interessar (se você é jogador de Texas Holdem, deve ter o conhecimento do regulamento) acesse o site www.bsop.com.br e faça o download, você só tem a ganhar com isso!

Abraços e ficha no pano, com ética e respeito!

Ricardo Sisolo

Aprendendo a arte de ler os jogadores

A psicologia no pôquer é a habilidade de determinar quais cartas seu oponente segura. Esse não é um talento que se nasce e normalmente é uma técnica apurada a qual envolve incontáveis horas de jogo de pôquer e centenas de mãos para se desenvolver.

Todos nós assistimos pôquer na televisão e vimos Daniel Negreanu fazer leituras dos seus oponentes que pode fazer alguns de nós perdemos a cabeça.

Eu tenho assistido Daniel Negreanu apostando no river e jogando sua mão fora com o comentário que seu oponente pode estar segurando As e Dama e seu oponente realmente tinha As e Dama. Para muitos como eu, isso pode sempre parecer estranho, mas na essência, essa é uma das habilidades, a qual separa os grandes jogadores dos demais. Ler a mão de outro jogador de pôquer é uma das habilidades chaves que você deve desenvolver para ser bem sucedido em jogos a dinheiro e torneios.

Lendo Padrões de Apostas

Você deve perceber se um jogador é agressivo ou passivo devido ao número de vezes que ele aumenta ou dá limp antes do flop, bem como você também deve saber qual tipo de mãos eles aumentam, apenas pagam ou pedem mesa após o flop. Note que seus padrões de apostas são cruciais para a leitura de um oponente. Você precisa saber o grande range de mãos que um jogador irá aumentar ou pagar uma aposta. Você também deve olhar para os outros jogadores que irão agir após o aumento e determinar qual tipo de mãos eles irão pagar apostas.

Lendo a Posição da Mesa

Você precisa perceber a posição do jogador que entrou no pote. Ele está jogando mãos fracas das primeiras posições? Jogadores loose irão jogar mãos fracas fora de posição e isso é algo que você deve perceber. Se ele é um jogado tight e aplica um aumento das primeiras posições, você pode determinar que ele tenha uma grande mão.

Lendo a Textura da Mesa

Uma das primeiras habilidades que um jogador de pôquer deve aprender é ler a textura do flop para determinar a melhor mão possível Você precisa da habilidade de identificar todas as combinações de quais mãos podem bater as outras de acordo com a combinação na mesa. Isso é extremamente importante para que você possa determinar como a sua mão pode ganhar o stack inteiro das possíveis mãos que seu oponente pode ter. Você não pode começar a tentar adivinhar quais cartas seu oponente tem em mãos se você não sabe quais mãos podem ser feitas com as cartas da mesa.

Lendo Tells Comuns no Pôquer

Observe a postura das pessoas atentamente. Postura ruim e uma linguagem corporal provocativa normalmente desaparecem quando uma boa queda ou um bom flop aparece. Também preste bastante atenção em suas mãos quando eles colocam fichas no pote e como eles as colocam. Contudo, se alguém quer conversar após ele aumentar, confundindo você, deixe-o fazer isso. Muito se pode aprender sobre alguém que não fica quieto. Demonstrações sarcásticas e ousadas normalmente significam que eles não querem ser pagos e silêncio de alguém que não para de falar normalmente significa que ele está com uma mão muito forte. Faça disso um hábito e observe o rosto dos seus oponentes na mesa.

Lendo os Tipos de Jogadores nas Mesa

Existe um certo número de tipos de jogadores entre as pessoas, entre os quais você poderá classificar os seus oponentes; então, uma vez classificado ele se tornará mais fácil de ser lido. Nós somos pessoas com hábitos e iremos fazer o mesmo tipo de coisa em certas situações quase como o trabalho de um relógio. Então se torna extremamente importante aprender a categorizar seus oponentes e ajustar a sua estratégia de acordo. Por exemplo, reconheça se o oponente é loose ou tight. Se ele for loose, ele estará mais apto a apostar mais e a permanecer no pote com mãos mais fracas ou mesmo quedas por um bom período de tempo.

Jogadores tight, entretanto, têm a tendência de desistir a cada movimento. Também, classifique-os em passivos ou agressivos. Quando aumentados, eles têm a tendência de pagar ou desistir? E novamente, eles re-aumentam?

Adquirir a perspicácia a qual a psicologia no pôquer requer não acontece da noite pro dia. Para se diferenciar das caras de pôquer ordinárias no seu ponto de encontro ou dos incontáveis jogadores online, gaste algum tempo lendo os jogadores de pôquer.

Vejam esse video com o Daniel Negreanu fazendo leitura de Mãos, impressionante;

Porque saber Selecionar os Torneios que Jogar

Estava eu fazendo um planejamento novo sobre os mtts, aliado a minha rotina bem puxada de SNGs que tenho feito no Full Tilt, quando me veio o estalo de que este seria um bom tema para abordar com vocês, pois, hoje em dia, considero disciplina e planejamento uma das suas mais importantes armas.

Apesar de também ser jogador de sit-and-go e de cash games, foi nos torneios multi-table online que eu me tornei conhecido e que conquistei algumas das minhas maiores premiações. No poker live, também foram nos multi-table os outros grandes momentos da minha carreira.

Muitas pessoas acham natural que jogadores como eu disputem apenas MTTs e pensam que esse é o tipo de modalidade online mais tranquila. A ideia que se passa é a de que uma vitória num MTT sustenta mais de um mês de jogo. Também é comum ouvirmos por aí que “fulano ficou quase quatro meses sem fazer mesa final”, ou que “sicrano ficou três meses sem chegar lá, mas cravou um torneio grande agora”. Não vejo cenário mais enganador do que esse!

Quase todo mundo imagina que “jogar a reta toda” de MTTs é o sonho de qualquer um. Diante disso, vou passar um pouco da minha experiência como profissional de MTT online para vocês verem que a realidade de quem está pensando em encarar a “reta toda” é muito mais difícil do que se pode imaginar.

Tomando por base o site que me patrocina, posso dizer que o Full Tilt oferece um “cardápio” diário com mais ou menos dez torneios garantidos com buy-in acima dos cem dólares: 18k Garantido Double Stack ($100+$9), 50k Garantido Double Stack ($150+$13), 40k Garantido com Rebuy ($100+$9), 30k Garantido Knockout Double Stack ($120+$9), 40k Garantido Turbo 6-max ($200+$16), 33k Garantido com 1 rebuy e 1 add-on ($100+$9), 75k Garantido Double Stack ($150+$13), 30k Garantido Double Stack 6-max ($100+$9), 30k Super Turbo ($100+$7) e Turbo Hundo 20k Garantidos ($100+$9).

Temos ainda, às segundas-feiras, os 300k Garantidos 1k Monday ($1000+$60), e às sextas-feiras, o Friday Night Fight ($535+$35). Aos finais de semana, mais dois torneios com rebuy: 200k Garantidos ($150+$13) e o 85k Garantidos ($100+9). Finalmente, aos domingos, temos o Sunday Mulligan 200k ($200+$16), Sunday Brawl 350k ($240+$16) e o 750k Garantidos ($200+16) que, uma vez por mês, vira o 1kk Garantido ($535+$35).

Vamos ver quanto fica “a conta”? Numa terça-feira, por exemplo, se jogarmos “somente” esses torneios que mencionei, a conta ficaria em torno de $1.760, contando somente um rebuy e um add-on. Nas segundas-feiras, teríamos ainda mais $1.060, e nas sextas-feiras, mais $570. Aos sábados, o valor da “diária”, mais uma vez contando somente um rebuy e um add-on, chegaria aos $2.575. Aos domingos a conta ficaria em $3.263 nos dias de $750k e subiria mais $350 quando tivéssemos o Million.

Parecem números tranquilos? Vejamos… O que significaria um mês sem chegar lá? De cara, $52.770 ($1.759 x 30 dias). Teríamos ainda a diferença do sábado, que chegaria aos $4.080, e do domingo, que vai aos $7.520. Ainda, tomando como base o mês de agosto de 2009, mais $5.300 das segundas-feiras, e $2.280 das sextas-feiras. O total dá $71.950 no vermelho. Qual o bankroll necessário para suportar essa série de derrotas? Essa é a primeira pergunta. A outra é: qual torneio (ou quantos torneios) preciso ganhar para “zerar” um mês cuja conta dá $72k? E para ter lucro? 72k por mês dá mais de $860 mil dólares por ano, sem contar os FTOPS.

E qual o segredo para encarar a reta toda? O segredo é exatamente fazer contrário: fugir da reta toda. Seleção é a chave. Vamos a um exemplo: todas as segundas-feiras temos o 1k Monday, com buy-in de $1.060. Esse torneio possui ótimos qualificatórios em forma de sit-and- go de uma mesa para nove pessoas, dando duas vagas para o evento e deixando o terceiro colocado no zero-a-zero. Com 52 semanas no ano, esse torneio tem custo anual de $55.120, que pode ser reduzido para até $15.000 caso o ingresso seja feito por satélite. Em contrapartida, uma vitória nesse evento pode significar mais de $80k, o que pagaria a reta anual e ainda sobraria.

Observar o custo/benefício de um torneio é importante, mas não é o único critério de seleção. Também devem ser usados outros critérios, como tamanho reduzido do field, número grande de jogadores ruins inscritos, número baixo de regulares, e outros que fatores que ajudem a filtrar apenas os torneios mais interessantes para você. O que se ganha com isso?

Em primeiro lugar, uma rotina diária com uma qualidade melhor, já que você vai jogar MTTs durante um determinado período de tempo, com disponibilidade para outras atividades. Além disso, você ganha a possibilidade de explorar melhor as outras opções que o site oferece ao jogador de MTTs, que podem ser praticados em “lotes” e por períodos curtos de tempo, como os sit-and-go turbo, super turbo e os de 18 e 45 jogadores.

Experimente todas as formas de sit-and-go online e encontre aquela que trará os melhores rendimentos para você. Direcione seu esforço e comece a separar uma parte do dia para ela. Use e abuse dos SNGs de 45 jogadores – uma ótima ferramenta para quem gosta de MTTs. A partir dos rendimentos obtidos nas sessões de sit-and-go, passe a selecionar melhor os seus torneios diários e jogue apenas aqueles que trarão melhor benefício. Use a grade do site com inteligência e não com compulsividade.

Logicamente, as opções de escolha são bastante subjetivas, e você pode nem gostar dessas sugestões, mas a mensagem geral (e que repito para mim todo dia) é a de planejamento, disciplina e organização!

Antes de finalizar, gostaria de convidar a todos para ouvirem a entrevista que o Guilherme Kalil fez comigo para o Podcast da CardPlayer Brasil (cardplayerbrasil.com/podcast), em que eu falei pelos cotovelos! (risos).

Grande abraço a todos!

Christian Kruel

Usando a agressividade com sabedoria

Em um jogo de Holdem, especialmente no No-Limit, a agressividade geralmente costuma ser recompensada. Ao ser agressivo, você está colocando seu oponente em uma situação desconfortável e forçando ele ou a acertar uma mão forte ou então a blefar. Assim você toma o controle sobre o pote e se coloca no comando da situação.

Mesmo assim, com todas as vantagens da agressividade no poker, ainda vejo muito jogadores sendo agressivos demais ou então usando a agressividade na hora e de maneira erradas. A agressividade é uma das melhores armas de um jogador de poker, mas é preciso usá-la com sabedoria sempre.

Por exemplo, eu vejo muitos jogadores saindo da linha e sendo demasiadamente agressivos com mãos como AQ e AJ. Eles dão raises* enormes com essas mãos, certos de que estão fazendo uma jogada esperta mas, ao fazer isso, eles estão apenas assustando os adversários mais fracos. Há tantos jogadores ruins em torneios atualmente que não há desculpas para perder a paciência - já que eventualmente estes jogadores cometerão erros e lhe darão muitas fichas. Não há razão para arriscar uma fatia tão grande de seu stack com mãos como essas.

Muitos jogadores são culpados por usarem errado a agressividade. Eles veem seu jogador favorito na tevê aplicando um blefe incrível ou dominando a mesa com sua agressividade, e querem imitá-lo. O problema é que os jogadores inexperientes não têm a menor ideia de como ser agressivos. Você não pode ser agressivo de maneira aleatória e torcer para tomar o controle das situações. Sua agressividade deve ser calculada.

Saber quando ser agressivo no poker é uma arte nobre. Assisitir a um jogador como Phil Ivey em uma mesa de poker pode ser tão inspirador quanto observar um quadro de Picasso. Mas jogadores como Ivey lapidaram sua agressividade ao longo do tempo, utilizando-se de sua experiência nas mesas para moldar sua maneira de jogar.

Gaste bem o seu tempo nas mesas e você também poderá um dia pintar uma obra-prima.

Brasileiro é o Melhor do dia 1b do PCA 2010

O ano de 2010 começou bem para o poker mundial.

Ontem, no segundo dia de abertura do primeiro grande torneio internacional da temporada, o PCA 2010, cerca de 850 jogadores fizeram suas inscrições e tomaram seus lugares no Atlantis Resort, localizado nas Paradise Islands, Bahamas.

Com esse número massivo de jogadores, o field total acabou sendo o maior da história do torneio, com 1.529 competidores registrados.

A esquadra brasileira colocou 19 nomes no dia 1B, mas apenas sete deles conseguiram avançar para o dia 2, que será disputado hoje, a partir das 15 horas (Brasília). Maridu, André Akkari, Gualter Salles, Felipe Mojave, Waltinho TheTerrific, Alessandra Braga, Thiago Decano, José Carlos Latorraca, Artur Szczupak e André "Pardal" Lichtenstein acabaram não resistindo e foram eliminados ontem, assim como Alexandre Gomes, que no ano passado terminou na 4ª colocação no torneio.

A boa notícia para torcida brasileira veio com Eduardo Parra (25.000 fichas), Sérgio Braga (41.000 fichas), Diego Vilela (65.000 fichas), Sidney Chreem (70.000 fichas), Caio Brites (72.000 fichas), André Ventura (74.000 fichas) e, principalmente, com Anibal Tacla, jogador de Curitiba que terminou com um stack de aproximadamente 166.000 fichas, o maior de todos os 531 que avançaram ontem para o dia 2.

Anibal Tacla, o destaque entre os brasileiros até o momento.

Paul Wasicka, Annette Obrestad, Matt Graham, Daryll Fish e Phil Ivey também avançaram ontem para o dia 2, com stacks acima de 100.000 fichas, e estão entre os melhores colocados no momento.

A liderança no geral ainda permanece com o inglês Wayne Bentley, que terminou o dia 1A com um stack de impressionante 329.500 fichas.

O prize pool oficial do torneio deve ser divulgado apenas hoje, mas a expectativa é de um prêmio de mais de US$3 milhões para o campeão.

Doyle Brunson Quebra suas Próprias Regras

Doyle Brunson comentou em seu blog que durante o mês de dezembro ele quebrou sua própria regra nas mesas de cash game High Stakes: “Sempre que você perder 4 ou 5 vezes seguidas, dê uma pausa”.

Ele se justificou dizendo: “Os jogos pareciam bons, e eu não pude parar. Acabei pagando o preço e perdi 7 das últimas 8 jogadas. Eu não chegarei perto de outra mesa de poker até 2010.”

A série de derrotas de Doyle também foi mencionada em seu Twitter em dezembro.

“Eu estou fora do meu torneio. Da maneira que eu venho jogando poker, é melhor arrumar um emprego ou logo estarei vivendo de pão e água em algum abrigo. Acabo de voltar do Taco Bell (rede de lanchonetes americanas especializada em comida mexicana). Da maneira que venho jogando poker, é tudo o que posso comprar. Na verdade, até que não é tão mal”.

Confira o glog de Doyle Brunson em http://www.doylesroom.com/blog/category/doyle-brunson/

Poker on-line vs. Poker ao vivo

A principal diferença está na falta de contato físico e visual, o que obriga a que as decisões na Internet sejam baseadas mais nas cartas que na leitura do adversário. No Poker ao vivo é possível detectar sinais através dos gestos, voz ou maneiras de apostar (bet), igualar (call), subir (raise) subir novamente (re-raise), igualar ou subir (check-raise). Isto se completa com a habilidade de cada jogador.

As melhores armas para se jogar Poker por online são:

Uma boa seleção de mesa.

Uma boa seleção do software (Sala de Poker).

Anotar as jogadas (moves) dos jogadores contra que enfrenta habitualmente.

Estudo dos adversários: saber quem está jogando em mais do que uma mesa ao mesmo tempo, quem está jogando a muito tempo, quem está perdendo/ganhando.

Um bom gerenciamento do seu bank-roll.

Habilidade e concentração

As características próprias do Poker online que temos de levar em conta ao tomar as nossas decisões são:

Sessões de mãos curtas

Ambiente Virtual

Distrações

Sessões de mãos curtas:

jogando na Internet, raramente você jogará contra os mesmos adversários durante muito tempo. As pessoas trocam muito mais de mesa do que nas partidas ao vivo, onde é normal jogar contra os mesmos jogadores durante várias horas. As facilidades do jogo on-line permite que os jogadores se sentem apenas para jogar umas mãos numa mesa e mudem para outra. Constantemente entram e saem jogadores das mesas.

E isto como afeta a tua estratégia?

Os teus adversários não têm muito tempo para avaliar o teu jogo, por isso você deve jogar o mais seguro, honesto e direto, quero dizer, sem muitos truques ou blefes. Um dos benefícios dos blefadores é aproveitar essa imagem para jogadas futuras, mas você tem de pensar que possivelmente não vai estar sentado com os mesmos jogadores o tempo suficiente para aproveitar essa imagem. Não quer dizer que você precise jogar sempre da mesma forma, porque assim seria muito previsível, mas em termos gerais blefe o mínimo possível. Contra jogadores que não conheça, o melhor é fazer um jogo segurotight.

Ambiente Virtual:

Na Internet, os teus adversários estão representados por nomes e a interação cara-a-cara não existe. Alguns jogadores terão tendência para blefar mais online mesmo que sejam apanhados com jogadas terríveis ou ridículas, porque não terão de mostrar a sua cara, nem enfrentar os outros jogadores.

Temos que somar a isto também a facilidade com que as tuas decisões se tornam reais, basta um simples click no mouse. Muito mais fácil sociologicamente do que pegar num monte de fichas e leva-las até ao centro da mesa.

Alguns dos jogadores online se esquecem que estão jogando realmente com dinheiro de verdade e tem a tendência de usar os botões de apostar, igualar ou subir rapidamente, principalmente nos limites baixos, que é onde normalmente se encontram os piores jogadores.

Isso atrapalhará a tua estratégia?

Primeiro você precisa pensar que nem todos os teus opositores irão fazer blefar continuamente, mas contra aqueles que tentam levar todos os potes, deve igualar e subir mais do que é normal. Também deve blefar o mínimo possível porque os teus adversários também têm mais tendência para igualar com mãos mais fracas.

Distrações:

A maioria dos jogadores faz várias coisas enquanto estão jogando Poker online. Ex.: ler e-mails, assistir TV, falar no telefone e muitos jogam em mais do que uma mesa ao mesmo tempo. Todas estas distrações fazem os seus adversários não prestar atenção no que está acontecendo na mesa. Este é outro motivo pelo qual você deve jogar o mais seguro possível, sem blefar, porque possivelmente grande parte dos jogadores da mesa nem reparam com que cartas tentam ganhar o pote. Ou seja, você não terá vantagem de um possível blefe feito anteriormente.

Para aumentar os teus conhecimentos você pode ler: “Internet Texas Holde'm winning strategies from a Internet Pro” de Matthew Hilger.

Curiosidades financeiras da WSOP 2009

Depois da final da World Series of Poker 2009, vencida por Joe Cada, em 10 de novembro, surgem agora os detalhes sobre os importes financeiros implicados na maior premiação paga por um torneio de poker, no ano de 2009. Vale recordar que o prize total de prêmios da mesa final do main event foi de mais de 15 milhões de dólares. Porém, como foi apontado por alguns, este pote poderia, e deveria, ter sido maior.

Desde o ano passado, o Main Event é jogado em duas etapas: A primeira, interrompida em 15 de julho,e a mesa final disputada em novembro. Neste período o prêmio fica aplicado em uma conta considerada “segura” e o rendimento gerado pelo montante é somado ao prêmio. Este ano, este rendimento chegou a US$ 1.321. Um valor considerado muito baixo para um montante tão substancial e também pelo período de aplicação - três meses e meio. Isto levantou dúvidas em toda a comunidade do poker.

O vencedor do campeonato, Joe Cada recebeu um prêmio de US$ 8.547.042 e Darvin Moon, o segundo colocado, recebeu US$ 5.182.928. Porém, as coisas não são sempre o que parecem. A magnitude destas cifras é relativa.

Em primiero lugar, os dois jogadores terão que pagar impostos por seus prêmios. Russell Fox, um expert em impostos sobre jogos, estima que Cada deve pagar US$ 3 556 236 para a fazenda americana, ou seja 42% do total. Darvin Moon também deve pagar US$ 2 114 603 em impostos, 41% de seus ingressos. Com sete jogadores americanos, entre os nove finalistas da Série Mundial a fazenda norte americana não tem do que reclamar, recolhendo algo em torno de 8 milhões de dólares. porém, para muitos jogadores, os impostos não são os únicos desembolsos previstos.

Joe Cada entrou na WSOP 2009 financiado por outros dois jogadores, Cliff “JohnnyBax” Josephy e Eric “Sheets”. Ambos, jogadores profissionais que aparecem regularmente no circuito mundial. Não se conhecem os acordos financeiros entre os três jogadores porém, segundo uma declaração de Joe Cada um dos dois receberá “quase metade de seus ganhos”. Num retorno de um investimento que transformou 10 mil em milhões de dólares, em somente três meses.

Desta maneira a vitoria de Cada é financeiramente menos impressionante do que parece. Ao eliminar o imposto e a parte dos sócios que lhe permitiram jogar o torneio, o ganhador ficará com um prêmio de cerca de 2 milhões de dólares e, por incrível que pareça, Darvin Moon ficará com uma premiação maior, mesmo terminando na segunda colocação.

É claro que este cálculo exclui o resultado para as carreiras de ambos jugadores, as quais receberão um impacto significativo, após suas façanhas no evento de poker mais comentado do ano.