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domingo, 6 de dezembro de 2009

Jogando Heads Up (Estratégias)

Muita gente comenta comigo que não consegue encontrar seu jogo numa situação de Heads-Up e pede conselhos sobre como jogar e o que fazer em determinadas situações. Ao vivo posso dizer que perdi pouquíssimas partidas que joguei e não me lembro de ter perdido alguma série (melhor de 3, 5 ou 7).
Ao vivo posso dizer que perdi pouquíssimas partidas que joguei e não me lembro de ter perdido alguma série (melhor de 3, 5 ou 7). Os Heads-Up que jogo sempre são em algum local onde está rolando algum torneio como o Circuito Paulista, BSOP, torneios do Ômega, portanto sempre são contra bons jogadores. Na internet meu aproveitamento também é muito bom, apesar da variância ser um pouco maior, basicamente pela quantidade de partidas disputadas e algumas pequenas mudanças de estratégias.
Pra começar eu acho que a estratégia de Heads-Up varia muito de jogador para jogador e não há uma estratégia que possa ser plenamente vencedora, assim como no Holdem em geral. Exemplo: Um jogador que é tight-agressive no Holdem pode desenvolver sua estratégia muito bem e ser vencedor, assim como conhecemos vários, agora um jogador desse estilo no Heads-Up já tende a ter sérios problemas, ou seja, desvantagens frente a jogadores mais agressivos. Essa é uma situação óbvia de "changing gears", ou seja, o jogador precisa mudar de marcha/trocar de estratégia, pois a situação é outra e exige isso.
Bom, esse é um conceito que eu acredito e é óbvio que eu não gostaria de falar aqui das coisas que eu acho ou deixo de achar, mas tudo isso é baseado realmente no conhecimento popular do jogo e, para que a análise possa ser mais completa, resolvi abordar algumas estratégias que Bill Edler contou em sua recente entrevista para a Cardplayer americana (19/03/08). Bill também é adepto da teoria que jogadores agressivos com estratégia bem traçada são difíceis de serem derrotados nessa modalidade. Bill começa falando basicamente das trash hands no Heads-Up, o que basicamente significa que não há trash hand para ele no HU, ou seja, todas mãos são jogáveis.: Os blinds sobem e as mãos vencedoras vão se tornando os "terceiros-pares" e as "cartas mais altas". Quem joga mais agressivo tem a tendência de dar melhores calls e roubar mais potes, levando enorme vantagem.
Ele relata que para sua estratégia de Heads-Up não há "starting hands requirements", ou seja, não há um conjunto de cartas recebidas que faça Bill jogar ou aumentar o valor de aposta numa mão, resumindo, Bill se dispõe a jogar todas as mãos recebidas. Ele comenta que isso não importa e o que realmente faz diferença é saber "como" jogar contra seu oponente.
Quando enfrenta um jogador agressivo como ele o jogo se torna uma grande guerra de egos para a disputa de quem é mais macho e ressalta que não há uma estratégia pré-definida para enfrentar um oponente como este.
Quando questionado sobre jogar contra adversários passivos, Bill responde que nessa situação você realmente não precisa mesmo de cartas, pois roubará o pote cerca de 80% a 90% das vezes e quando o seu adversário tiver alguma reação, basta apenas foldar, simples assim. Bill vai além e comenta que, quando acerta top set num flop e este jogador tight-passsive volta a aposta, seria absolutamente correto o Fold, pois ele definitivamente não quer dar a chance do adversário acertar seus 20% ou 30% de chances de ganhar a mão, pois ele simplesmente não pode perder para este tipo de jogador, já que ele ganha cerca de 80% a 90% dos potes pequenos.
Bill comenta que extrair valor de grandes mãos não é um fator que ele utiliza em Heads-Up, mesmo contra jogadores agressivos como ele. Isso pode ser facilmente explicado, pois como Bill opta por jogar todas as mãos e consequentemente aumentar as apostas com quaisquer 2 cartas, caso ele mudasse de estratégia seria fácil o adversário identificar que ele tem uma grande mão.
A relação de chipstack para Bill não é um fator que o faça mudar de estratégia caso os blinds estiveram ainda amenos. Sendo assim, mesmo com boa vantagem no stack Billl corre riscos de dobrar seu adversário na tentativa de eliminá-lo. Caso os blinds sejam relevantes, Bill parte pra estratégia de pressionar pre-flop evitando um pouco jogar potes maiores.
Bill é um cara de idade média que parece ser um jogador conservador, e ele se aproveita disso, mas na verdade ele mesmo se define com um estilo de poker meio louco. Isso facilita para jogar com quem não lhe conhece e o faz tomar mais cuidado contra quem conhece.
Quando Lizzy pergunta a Bill qual estratégia um chipleader deve adotar numa mesa final de um grande torneio, Bill comenta que deve conhecer bem os adversários que está disputando situações de Heads-Up e procurar atacar os small stacks, ou seja, quem tiver menos ficha, ressaltando que sempre o agressor leva vantagem numa situação de Heads-Up.
Espero que vocês tenham gostado dessa matéria sobre Heads-Up e vocês podem me escrever sobre dúvidas de algum assunto específico que vocês gostariam que eu comentasse por aqui. Grande Abraço dependentes do poker

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